Jornal da Unicamp: Está no ar o Portal Brasileiro de Eficiência Energética

Matéria publicada no Jornal da Unicamp no dia 18 de junho de 2019. Publicado em 03/Jul/2019 às 16h35

Matéria publicada no Jornal da Unicamp no dia 18 de junho de 2019. Acesse aqui o texto original.

Autor
Luiz Sugimoto
Fotos
Antoninho Perri
Edição de imagem
Paulo Cavalheri

Marcelo Knobel na solenidade de lançamento do MonitorEE, que já está no ar


Acaba de ser lançado oficialmente o Portal Brasileiro de Indicadores de Eficiência Energética (PBIEE), batizado de MonitorEE, que reúne informações sobre programas e projetos de eficiência energética em implantação, em andamento e já finalizados no Brasil. A solenidade aconteceu na manhã desta terça-feira, no anfiteatro da Faculdade de Engenharia Mecânica (FEM), com a presença do reitor Marcelo Knobel e autoridades envolvidas com o tema. O projeto foi financiado pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS) e executado pela ONG International Energy Initiative (IEI Brasil) em parceria com a Mitsidi Projetos (gestora técnica do portal), Universidade Federal de Itajubá (Unifei), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Unicamp.


O projeto começou a ser construído em 2018, com a proposta de oferecer em um único endereço informações para acompanhamento e progressos sobre programas de eficiência energética no Brasil, a partir de um banco de dados, indicadores e análises sobre a questão. O público alvo são o consumidor, concessionárias de energia, indústria e órgãos governamentais. “É uma iniciativa bastante pioneira em eficiência energética e a ideia é que tenhamos instrumentos para acompanhar os progressos e investimentos que o Brasil faz nesta área há muito tempo”, afirma Gilberto De Martino Jannuzzi, professor da FEM e coordenador do portal.


Para o reitor Marcelo Knobel, a iniciativa é importante por promover uma conexão da Unicamp com a sociedade e diferentes instituições em torno de uma questão essencial para o país. “Precisamos aproveitar melhor os recursos que temos e atuar no sentido de obter uma energia limpa que não produza consequências em termos de mudanças climáticas e outros efeitos negativos, como a poluição na sua produção. Por outro lado, temos que aproveitar o ambiente gerado por esse projeto nas universidades, nos setores do governo e do terceiro setor. O portal é um produto destinado à sociedade para mostrar transparência, resultados e difundir o conhecimento.”


Samira de Sousa Carmo, coordenadora geral de Eficiência Enérgica do Ministério de Minas e Energia e graduada pela Unicamp, considera o MonitorEE uma ótima colaboração ao seu setor. “O ministério precisa de muita colaboração para organizar, conhecer todas as iniciativas e tentar coordenar as ações para evitar a duplicação de esforços; e também para conhecer os resultados e fazer um planejamento sem investimentos desnecessários em novas usinas e outros ativos. Durante os debates, vou mostrar alguns slides sobre o volume de investimentos previstos pelo governo – e é muita coisa.”


Gilberto Jannuzzi guardava ideias como do Portal de Eficiência Energética há muitos anos, diante de décadas de iniciativas pioneiras e interessantes no Brasil. “Numa comparação internacional, somos pioneiros em várias frentes. Temos diversos mecanismos e investimentos de monta nessa área, mas não conseguimos colocá-los no balanço energético, onde a energia solar já aparece, mas da eficiência energética, nem traço. Existe esse aspecto invisível, que precisamos tornar mais visível. Muitas vezes, é mais fácil inaugurar uma usina fotovoltaica do que uma iniciativa que traga economia de energia.”


Segundo Jannuzzi, uma ambição dentro do projeto é mostrar o impacto que a eficiência energética tem na economia do país, considerando que país rico é aquele que sabe utilizar a energia da maneira mais produtiva possível. “Estamos perdendo essa luta, nossa intensidade energética está indo em direção oposta à que acontece em vários países. Outra ambição é mostrara eficiência energética enquanto recurso: ela é tão importante quanto nosso potencial em energia solar e de hidroeletricidade e, como tal, precisa de planejamento, investimentos e acompanhamento de desempenho. Não queremos apenas reportar políticas, não se trata de um diagnóstico. O que queremos é saber se está funcionando através de evidências objetivas.”

Evento na FEM teve a presença dos vários parceiros na construção do projeto


Imagem de capa


Gilberto Jannuzzi, da FEM, coordena o Portal Brasileiro de Indicadores de Eficiência Energética

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